O sobrado nº 7 que hoje é sede do Museu de Alcântara atravessou seus quase dois séculos de existência adaptando-se às guinadas da história. Trata-se de parte de um conjunto de três sobrados construídos, segundo relatos de cronistas, no final do século XVIII e início do século XIX. A conformação material deste sobrado espelha o contexto em que foi construído. Trata-se de uma construção patriarcal, onde diversas atividades se conjugam no mesmo espaço. O primeiro andar abrigava os domínios do trabalho, em contato com o mundo exterior. No segundo andar, ficavam os espaços íntimos dos membros da família. A escravidão deixou também suas marcas com indícios da existência de senzalas conjugadas ao sobrado.

O museu integra o sítio histórico de Alcântara, tombado em nível federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN em 1948 e está inscrito no livro Histórico de Belas Artes e no livro Arqueológico, Etnológico e Paisagístico. Em 1986, o sobrado e todo o acervo foram declarados bens de utilidade pública e desapropriados com o objetivo de implantar o Museu da Cidade.

A partir de 1987, o sobrado e todo o acervo ficaram sob a guarda do IPHAN e após dezoito anos de sua criação, em junho de 2004, o museu foi inaugurado como “Museu Casa Histórica de Alcântara”. Em 2009 o prédio e o acervo passam para a gestão do Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM.

Conheça o acervo do museu sem sair de casa